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Apetece-me espetar palavras. Sim, é esse o verbo. Apetece-me espetá-las com fúria só para dizer que escrevo com convicção. Não... Só para dizer que me liberto. Sim, é isso.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Nox

Noite, vão para ti meus pensamentos
Quando olho e vejo, à luz cruel do dia,
Tanto estéril lutar, tanta agonia,
E inúteis tantos ásperos tormentos...

Tu, ao menos, abafas os lamentos,
Que se exalam da trágica enxovia...
O eterno Mal, que ruge e desvaria,
Em ti descansa e esquece alguns momentos...

Oh! antes tu também adormecesses
Por uma vez, e eterna, inalterável,
Caindo sobre o Mundo, te esquecesses,

E ele, o Mundo, sem mais lutar nem ver,
Dormisse no teu seio inviolável,
Noite sem termo, noite do Não-ser!

Antero de Quental

3 Comentários:

Blogger SweetSerenity comentou...

TMara, estamos já aqui :)
*

08 setembro, 2005 20:31  
Blogger Conceição Paulino comentou...

Belo regresso de Antero. Passa lá por casa (post de 10 de Set.) precisamos de ti. Bom f.s.Bjs e:)

10 setembro, 2005 17:00  
Anonymous Anónimo comentou...

Ah, que beleza... o poema "meu" homónimo, numa primeira (de muitas, espero) visita por cá. Antero calha sempre bem...

07 outubro, 2005 21:35  

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