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Apetece-me espetar palavras. Sim, é esse o verbo. Apetece-me espetá-las com fúria só para dizer que escrevo com convicção. Não... Só para dizer que me liberto. Sim, é isso.

segunda-feira, maio 29, 2006

Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer,
enquanto o nosso amor durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga

5 Comentários:

Blogger Lord of Erewhon comentou...

Grande poema e grande poeta!

14 junho, 2006 18:40  
Blogger Miguel J. T. V. comentou...

Relembrar a angústia, fugir dela, saborear o prazer...

Um beijinho pra ti, lanazinha!!

Aparece, por aqui ou na histeria...

17 junho, 2006 15:49  
Blogger aloeVera comentou...

q saudades de vir ate ca! **

18 julho, 2006 23:11  
Blogger HRC comentou...

Que bom foi voltar a passar por aqui e encontrar tudo mais ou menos na mesma. Há coisas que, de facto, não é bom mudarem.

19 julho, 2006 23:53  
Anonymous Anónimo comentou...

Estamos no século XXI!
Que morgue, não há poesia para além dos cadáveres?

Parece o escaparate da Fnac, só falta a Espanca!

09 março, 2007 23:31  

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