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Apetece-me espetar palavras. Sim, é esse o verbo. Apetece-me espetá-las com fúria só para dizer que escrevo com convicção. Não... Só para dizer que me liberto. Sim, é isso.

segunda-feira, outubro 31, 2005

Valsa de um homem carente


Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo

Se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor

É a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente


Jorge Palma

2 Comentários:

Blogger Diarista comentou...

"É a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente"

Só me lembrei deste poema de Jorge Palma pela última parte, se bem que não me lembro bem da melodia (e que penso que a tem lol).
Jorge Palma, embora não conheça muito, é bom. Surpreende.

Têm um bom blog. Uma boa ideia, sem dúvida.

****

01 novembro, 2005 13:04  
Blogger ricardo comentou...

de jorge palma só boas recordações! seja das melodias, das letras ou dos concertos... ainda me lembro do último que fui ver e que fiz questão depois de levar ao palco do teatro das palavras: "o alucinante concerto de um homem alucinado". inesquecível! restam-nos as Palma(s), Jorge

01 novembro, 2005 21:44  

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