Soneto da hora final
Será assim, amiga: um certo dia
Estando nós a contemplar o poente
Sentiremos no rosto, de repente,
O beijo leve de uma aragem fria.
Tu me olharás silenciosamente
E eu te olharei também, com nostalgia
E partiremos, tontos de poesia
Para a porta de treva aberta em frente.
Ao transpor as fronteiras do Segredo
Eu, calmo, te dire: - Não tenhas medo
E tu, tranquila, me dirás: - Sê forte.
E como dois antigos namorados
Noturnamente tristes e enlaçados
Nós entraremos nos jardins da morte.
Vinicius de Moraes
Estando nós a contemplar o poente
Sentiremos no rosto, de repente,
O beijo leve de uma aragem fria.
Tu me olharás silenciosamente
E eu te olharei também, com nostalgia
E partiremos, tontos de poesia
Para a porta de treva aberta em frente.
Ao transpor as fronteiras do Segredo
Eu, calmo, te dire: - Não tenhas medo
E tu, tranquila, me dirás: - Sê forte.
E como dois antigos namorados
Noturnamente tristes e enlaçados
Nós entraremos nos jardins da morte.
Vinicius de Moraes
Foi agradavel reler aqui, este "Soneto da hora final" do Vinicius. Cumprimentos.
que belo este poema
continua
Encontrei este blog pela primeira vez, hoje. É bom recordar poemas que fizeram e fazem parte do meu passado, e que me trazem (in)gratas recordações. Obrigado e continuem.
a melhor amiga que tive na minha vida me enviou este poema a treze anos atrás e eu havia perdido recordei-me do nome e achei muito lindo