Adeus
Como se houvesse uma tempestade
escurecendo os teus cabelos,
ou, se preferes, minha boca nos teus olhos
carregada de flor e dos teus dedos;
Como se houvesse uma criança cega
aos tropeções dentro de ti,
eu falei em neve - e tu calavas
a voz onde contigo me perdi.
Como se a noite se viesse e te levasse,
eu era só fome o que sentia;
Digo-te adeus, como se não voltasse
ao país onde teu corpo principia.
e sobre as nuvens mar perfeito,
ou, se preferes, a tua boca clara
singrando largamente no meu peito.
Em Homenagem a Eugénio de Andrade.
1923-2005
associo-me à homanage, Bom poema mereci, apear de tudo, uma 2ª vista a depurar linguagem). Bj grande
Ah! L'amour.... toujours bien pour un enfant avec 19 ans! ;)