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Apetece-me espetar palavras. Sim, é esse o verbo. Apetece-me espetá-las com fúria só para dizer que escrevo com convicção. Não... Só para dizer que me liberto. Sim, é isso.

domingo, maio 22, 2005

Rogo

Não, não rezes por mim.
Nenhum deus me perdoa a humanidade.
Vim sem vontade
E vou desesperado.
Mas assinei a vida que vivi.
Doeu-me o que sofri.
Fui sempre o senhorio do meu fado.

Por isso, quero a morte que mereço.
A morte natural,
Solitária e maldita
De quem não acredita
Em nenhuma oração
De salvação.
De quem sabe que nunca ressuscita.

Miguel Torga

4 Comentários:

Anonymous Anónimo comentou...

Este era um dos poemas do meu avô!Era amigo do Torga e ...fico aqui,mas ...voei...beijinho grande!
ana

22 maio, 2005 20:09  
Blogger Conceição Paulino comentou...

A força da escrita de Torga bem patente. Bjs e ;)

25 maio, 2005 14:58  
Blogger Rosa Cueca comentou...

Gosto bastante do Migual Torga :)

26 maio, 2005 18:28  
Blogger Pirikato comentou...

gostei

28 maio, 2005 01:32  

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